martes, 28 de septiembre de 2010

TEXTO ROUBADO

Estas linhas estao no meu bloco de pesca que um dia o meu filho me ofereceu.Era aqui que eu apontava tudo para memoria futura e na primeira folha vem um pequeno texto, que afinal bem poderia ter sido eu a escrever.Ca vai entao:
Desde que soube que afinal de contas a baleia(trofeu monumental)nao era um peixe, pelo menos nao deve ser, o meu amor pela pesca ficou abalado.Mas apesar de tudo, a vida tem de continuar, e assim depois de um longo periodo de repouso apos tao brutal choque, la voltei eu a faina.
Pensando bem,creio que ja pesquei um pouco de tudo, sardinhas de metro e meio, polvos com pernas sobressalentes e pescadinhas de rabo na boca ja nao tem conta.E nao fora o desgosto que a baleia me deu...bem, nao se pode ser feliz em tudo.
Todos os meus amigos vao a pesca e todos sao otimos pescadores.Na realidade todos preferimos pescar sozinhos, ainda nao percebemos bem porque.¡Ah ja me esquecia, nunca digo a minha mulher que tenho frio quando vou pescar, porque corro o serio risco de morrer afogado numa camisola de pura la, feita a pensar em todos os meus amigos da pesca.Garanto que nao ha pior.Por outro lado ha sempre a alegria de regressar a casa, do heroi vitorioso, trasendo consigo 2 bogas raquiticas para as crianças que odeiam peixe e ainda por cima com tantas espinhas.
Enfim, a vida sao rosas, mas estas, para alem da cor e do perfume, tem imensas...espinhas nao e?..Autor desconhecido..cont.

CONCURSO

Esta historia foi em 2002.Tinha eu comprado uma nova cana, Dragon de 2 peças, com 4,5mt cujo modelo era igual a do campeao nacional de pesca desportiva, e sendo assim eu queria fazer o seu (batismo) num concurso, e foi.No dia 3 havia um organizado por um clube de Santiago do Cacem e la fui eu com o equipamento novinho.Nesse dia o temporal era demais, tanto que tivemos de mudar de praia e fomos para a praia de Sines, onde a organizaçao pensou que talvez ai o mar deixasse pescar.Chegados a Sines fomos divididos em dois turnos pois a praia e muito pequena e foi feito a pressa a sinalizaçao para cada pescador.Tocou-me o segundo turno.Recolhido no carro, so pensava que ia apanhar uma molha daquelas, a avaliar pelo pesadelo que os companheiros estavam a ter .Muito material com avarias, muito lixo, muita chuva e vento.Um pouco antes das 11 a chuva parecia querer parar, e la fui eu a caminho do meus pesqueiro.Cara de poucos amigos, chumbada media, e nada, e nada, e nada, nao picava nada, so lixo, ao meu lado um companheiro ja so falava no almoço, e eu tive de me render.Pensei que grande estreia de cana tive, e recolhi mais uma vez a cana.Oopsss, um disco voador? uma carica? nada disso, uma bela sargueta de 63gramas.eheheeheh, num concurso a serio nem dava para ser considerada, mas dado o dia que estava guardei depois do companheiro do lado rubricar o papelinho a confirmar a captura(era obrigatorio que o companheiro mais proximo testemunhasse da verdade da captura).Sargueta no saco de pesagem 63 gramas e a caminho de Santiago para o almoço e entrega de premios.Surpresa Vitor Costa ao palco ahahahah, um trofeu bem bonito por acaso, pois fiquei em 23 lugar.Na vez seguinte que levei a cana fui para a praia das furnas apanhei 2100 de peixe (12 sargos) a cana tinha tido de facto um bom batizo.CONT...

viernes, 24 de septiembre de 2010

AÇORDA

Sao muitas mesmo as pequenas historias que tenho do tempo que fazia da pesca o meu passatempo favorito.Reconheço que nao tenho grandes dotes literarios, mas o objectivo e apenas compartir estas pequenas historias, e assim dar-me mais a conhecer.Mais um dia de pescaria, ou melhor uma noite, desta feita na carrapateira, pesqueiro mal afamado pelo perigo, mas que em contrapartida nos dava noites de pesca inolvidaveis, nao me posso esquecer das grandes pescarias de sargos e safias, e nessa noite la fomos nos tentar mais uma vez a nossa sorte.O ritual era quase sempre o mesmo, saiamos de Aljustrel, passando por Vila Nova para comprar o isco previamente encomendado,(o dono da loja tambem pescador, fazia o favor de deixar o isco num sitio escondido, por ter a loja ja fechada, e nos deixavamos o dinheiro dentro da sua caixa de correio) e seguir depois para sul.Carrapateira por volta das 9 da noite.Noite escura como gostavamos, sem lua,diziam os mais antigos que a lua fazia esconder o peixe, isco na agua e o cigarrinho.Era sempre assim o nosso ritual.Conversas da treta, sempre ajudavam a fazer esquecer o frio e um sargo, um belo sargo que o Rui sacou a custo.O ruido acabou como que por magia, estavamos agora mais concentrados no picar, ja que o Rui nos disse que estavam a picar de mansinho, tinhamos de ter a cana na mao para o sentir, e foi mesmo assim, um sargo, outro, mais um, mas o nosso amigo Bule nada.Entao pa? estas a fazer o que? Joao estava na sua, radio no ouvido, cana nas rochas a espera de um milagre.Nos la fomos apanhando, um, depois outro, todos tinhamos peixe e bastante, quando de repente o Joao apanha um peixe, mas um peixinho minusculo, uma sargueta, logo o Telmo, e pa tem vergonha, deita isso a agua, deixa-los crescer dizia o Rui sempre amigo de brincar com o Bule, mas nada convencido Joao respondeu...sim? pois assim ja nao faço a açorda so com alho e azeite.....cont.

jueves, 23 de septiembre de 2010

Pao de Lo

Hoje a historia tem a ver sobretudo com Joao Bule. Vespera de fim de semana e a conversa andava a volta dos preparativos de mais uma pescaria no treme treme.Quantos vamos, como e do pestisco, enfim o costume.Tudo combinado.Cada um levava farnel e dividiamos entre todos, as bebidas eram individuais.Joao que era por norma o mais comilao, para nao dizer (alarve) logo nos dissse que a sua mae tinha feito um pao de lo e que o provariamos.Manha cedo ai vamos nos.Vila Nova para recolher o isco, tomar um cafe e rumar mais a sul rumo ao nosso super pesqueiro.Canas na agua, um cigarrinho, um ou outro sarguito, a coisa estava mais ou menos animada.Por volta das 10 horas mais ou menos o Joao...vamos comer? e pa agora? mas e tao cedo¡¡¡. e pa eu ja tenho fome, se calhar vou comer um bocado de pao de lo.A coisa ficou por ali e nos continuamos a nossa pescaria.Duas da tarde, a mare baixa, e era hora de repor combustivel.Resolvemos ir comer e assim foi.canas fora de agua, mesa posta (as pedras do treme treme sao muito uteis) e começamos a petiscar.Umas latas de conserva, Rui tinha feito uma saladinha de tomate, uns bocaditos de frango frito, mais uma cervejinha fresca(mais ou menos) e o Manuel (posinhos) pede ...Joao da ai um bocadito do bolo para tirar o sabor da cebola....Bolo? entao voces nao disseram que nao queriam? nao queriamos? sim de manha perguntei...vamos comer? voces nao tinham fome...Ok mas agora viemos comer e o bolo?..comi diz o Joao, como se o pao de lo fosse um queque...A risada foi geral, o Joao tinha devorado um pao de lo pelas 10 da manha ahahahah, os culpados fomos nos, quem nos mandou nao ter fome aquela hora? Por volta das seis regressamos a casa, e o Joao ia dizendo...e pa deviamos parar e ir comer qualquer coisa.E se fossem uns pipis? cont...

martes, 14 de septiembre de 2010

do peixe aranha ao robalo da noite

Noite de estreia para Verinhas.Ha muito que nos perguntava quando e que ia com a malta a pesca, e nesse dia foi dia.Tudo preparado a caminho do treme treme, mas nao nas rochas, nessa noite fomos tentar os robalos na praia.Canas, isco e boa disposiçao e la marchamos nos para mais uma noitada no mar.
A (festa) começou e Bule foi o primeiro a arrancar um bom sargote com coreana, por sinal o nosso isco de eleiçao, eu tirei outro sarguito, bem mais pequeno e passado pouco tempo todos tinham ja peixe...todos menos o Verinhas.Reparei que os seus lançamentos eram demasiado curtos, os estralhos do anzol tambem nao estavam famosos e fui em ajuda do moçote.Colocou outro tipo de chumbadinhas mais apropriadas para a pesca que estavamos a fazer, dei-lhe 2 ou tres empates com anzois e la ficou ele a praticar.O tempo ia passando e Bule estava em noite sim, aquilo era quase cada lançamento um sargote, O Jose Engino (pixa d,aço) tambem estava a encher o balde e eu estava em ultimo lugar, claro nao contando com o Verinhas, que de repente deu um grito que se deve ter escutado a Km , eiiiiii...apanhei um, isto e o que? ahahahah, pois o Verinhas trazia na palma da mao um peixe aranha de 15cm, aquilo se o picasse dava morte certa ahahahah, foi o Bule o primeiro a dar-lhe uma sapatada na mao para espanto de Verinhas que depois de ver a sorte que tinha tido estava quase em estado de choque.Enterrado o peixe aranha todos a faina de novo, e para surpresa geral o Verinhas apanha um Robalo com 1 Kg, belo peixe, nao estava em si, ele gritava e corria e eu estava em brasa, entao nao e que o mestre estava a ver estrelas? todos tinham mais que eu, e ate o aprendiz tinha apanhado um peixe que tinha sido por ele que fomos para a praia?.Estava eu super desanimado e nao tardou a chacota..entao Vitor? nao chores ahahahah, para piorar as coisas o meus isco estava a dar as ultimas, restavam 2 minhocas, duas.Pensei bom acabou, tenho aqui 9 ou 10 sarguitos e ja esta, esta noite levo baile.Coloco as duas minhocas num anzol um bocadito maior e penso e desta, zassss, falho o lançamento, o fio cai a poucos metros da borda de agua, estava acabado, a noite tinha sido ma para mim, e começo a recolher a linha...mas a linha estava estranha, nao esticava..pensei sera? e era, ali estava ele, um robalo de 2 Kg, belo e gordo, eles andavam bem perto, dai o Verinhas ter lançado um, e ali estava outro , mas ja foi tarde, o dia clareava, mas nao fazia mal.Eu estava de novo com o ego em cima, as rizotas terminaram e eu ..paguei os cafes da manha..cont.

domingo, 12 de septiembre de 2010

uma saco de robalos....com penas

Esta historia e ja bem mais antiga.Foi passada em troia na epoca em que Nicolau Breyner gravava uma novela precisamente em troia.Eram ja famosos os robalinhos que se estavam a apanhar em troia, sempre durante a noite e quase sempre muitos.Pois entao eu mais um amigo dos que nao consta na lista inicial, o Tome, maios conhecido pelo orelhas, resolvemos ir uma sexta feira tentar a nossa sorte.Chegamos relativamente cedo e nao esperamos nada, logo começamos a lançar as canas a agua do sado.Foi passando o tempo e apenas umas sarguetas picavam, mas a coisa nao estava entusiasmante.Reparamos que na ponta oposta a nossa estava um grupo de 4 ou cinco pescadores em animada pescaria e resolvemos ir ver os baldes.Nao eram baldes, mas apenas um cesto e que tinha ja uma boa duzia de robalinhos.Pasmados perguntamos que tipo de isco estavam a usar.Surpresa, o que era uma pergunta normal entre companheiros, passou a ser alvo de chacota do grupo de amigalhaços.Pao com chouriço disse um e logo gargalhadas, eu estou com minies...olhei para o Tome encolhemos os ombros e regressamos ao nosso (cantinho).Durante grande parte da noite a chacota passou rapidamente a arrogancia e ja sem surpresa nossa a coisa ficou sem graça.Estavamos ja a ficar de facto fartos daqueles (pescadores) gozando com as nossas sarguetas, quando por volta das 3 da manha, (ja nao havia barcos para setubal) aparece um deles, porventura o mais brincalhao dizendo.Oi, a gente vai ate ali ver as filmagens do Nicolau, voces ficam por aqui?Digo eu, sim ficamos ate de manha porque? entao olhem pelas nossas canas que a gente nao demora.Fiquei sem sangue, olhei para o Tome e parecia que ele estava a pensar o mesmo que eu, dizendo vao vao, nao ha azar.Ainda replicaram vejam la se apanham alguma coisa ahahahahahah, rizada novamente.Cortei de imediato a minha linha com os dentes e vi-os afastarem-se no escuro, em direcçao as filmagens.Tome vamos? eu levo as canas e tu tras os robalos...diz o Tome , e pa eu vou mandar as canas deles a agua..nao pa deixa isso traz so o peixe.Apanhei as canas os nossos sacos, direito ao Renault 5 (eheheh carro pre historico?) e o Tome foi ao peixe.Carro a trabalhar , entra Tome vem, o Tome ofegante, pelos nervos, eu com uma vontade de buzinar, mas nao, arrancamos com os farois apagados e um pouco mais a frente ai vamos nos a top rumo a alcacer do sal.Foi uma grande pescaria.O saco estava cheio cheio, alguns ainda tentavam respirar, eu ja confundia os candeeiros com um carro em perseguiçao, mas eram so os nervos ahahahaha.Chegados a casa dividimos, mais de vinte robalinhos para cada um.Claro que ate hoje nao voltei a pescar em Troia, mas sinto que ate hoje os brincalhoes nunca mais voltaram a ser os mesmos alarves.cont...

viernes, 10 de septiembre de 2010

o dia da mentira

Bem cedinho saimos em direcçao ao treme treme (aljezur).O carro ia cheio, eu o bule, puto Rui e um amigo do bule cujo nome nao me recordo.Tinhamos combinado com o prof.Telmo, mas a ultima hora preferiu ir com o lama e o posinhos para a ribeira da azenha, ali para os lados de milfontes.Passamos tambem por milfontes mas para recolher o isco previamente encomendado e la fomos rumo a sul para um dos pesqueiros que mais gostavamos, quer pela quantidade de peixe, quer pela ausencia de lixos que sao sempre maus para os pescadores.Chegamos e parecia que o mar estava bom, fazia ainda um ligeiro nevoeiro, mas naquela zona era comum.Canas na agua e fe em Deus.Passou uma hora duas tres e apenas um ou outro burro para descontento geral.Pior ainda quando numa rocha nao muito distante um lobo do mar arranca uma sra.dourada.Teve ate direito a cesto para ajudar a levantar o monstro e uma oportuna foto do Joao bule.Ao vermos a foto no seu telemovel, logo nos ocorreu uma brincadeira com o Professor.Dito e feito, telefonamos para ele.Nas primeiras vezes nao atendia a chamada, mas la fomos insistindo.Oi Telmo que tal? Telmo caiu na asneira de contar a verdade...nada, isto esta uma merda, ..sim? pois olha o Vitor apanhou uma dourada, mas uma dourada, vou-te mandar a foto com ela ainda dentro do cesto..e pa nao me digas¿...a pois e, nao quiseste vir com a gente, parece que adivinhavas o chibo.a coisa ficou por ali, a foto foi enviada e o Telmo nao deu mais sinal de vida.Como a pescaria estava a 0, pensamos em ir comer uma costeleta de vitela, ali ao pe do almograve, num pequeno restaurante (tasca) onde eramos bem conhecidos,.Pensamos e assim fizemos.Depois do repasto mais uma mente brilhante a telefonar para o Telmo.Telmo amanha vamos comer a dourada em casa do Vitor, e que a mulher faz aquilo no forno e fica um espectaculo.Claro que so vamos nos os que viemos juntos, quanto a ti ..fica para a proxima.Meia hora a rir e a imaginar os palavroes do Telmo e a meio da tarde rumo a casa com o cesto vazio mas o ego cheio pois a mentira tinha pernas para andar.Passaram duas semanas ate voltar a convidar o Telmo para ir a pesca, ja eu nao me lembrava mais da dourada mentirosa, e resposta do Telmo...a partir de hoje so vou a pesca com os meus amigos...se eu quiser comer dourada no forno posso bem comprar uma ou duas..vai pro c.....ahahahahahah, depois de me refazer do golpe inicial tentei convencer o Telmo que tudo tinha sido uma brincadeira, que nao tinhamos apanhado nada..impossivel, ele acreditou mesmo.Talvez ainda hoje ele esteja convicto que naquele dia deveria ter ido comnosco a pesca, porque assim tinha petiscado um dos pratos que a mulher do Vitor melhor fazia...cont.

jueves, 9 de septiembre de 2010

como e que e?

Como e que e?, era uma frase que utilizavamos para saber quem ia a pesca.E verdade, fui grande apaixonado pela pesca desportiva com cana e geralmente era assim que descobria quem ia comigo ou nao.Vou pois contar historias passadas nessa epoca da minha vida, recordar amigos, alegrias e algumas desilusoes, vou escrever historias verdadeiras, se bem que algumas sejam incriveis, mas vou começar pelo inicio e recordar todos os amigos, o nosso grupo.

Joao Bule, funcionario da escola de aljustrel.Joao era seu nome, bule imaginem o porque...
Posinhos, cunhado do Joao, tambem funcionario da mesma escola, tinha esta alcunha e nunca ouvi o seu verdadeiro nome Manuel.Arquiinimigo de Joao e tambem o seu companheiro na ausencia de outros.
Puto Rui, o mais novo de todos.Adorava a pesca, tinha sempre o ultimo modelo em canas e carretos.Tinha sempre fome, nunca parava de falar
Professor Telmo, professor na mesma escola de aljustrel.O mais arrogante, o invejoso do grupo, nao podiamos apanhar um peixe que logo se encarregava de nos tentar ocupar o lugar.

Pixa D,aço proprietario de uma empresa de materias de construçao.Era impossivel apertar-lhe a mao e nao sentir os dedos a partir
Lama, tio de puto Rui.Ex trabalhador da mina, a alcunha vem do termo usado com muita frequencia...es uma lama pa....
Veras pai e Verinhas filho, donos da unica casa de artigos de pesca em Aljustrel.Nao nasceram para a pesca, mas na nossa ausencia eram sempre os portadores de douradas de 3 Kg, apanhadas com grande sabedoria..
Falta um...precisamente eu, o Vitor, mas sobre mim nao teria muita piada escrever, aparecerei sempre que se justifique, pois eu fazia como e obvio quase sempre parte da historia...continua