DETESTO parte 1

detesto os profetas da desgraça, detesto os moralistas, os governantes que o nao sabem ser, policias corruptos, carteiristas, detesto os maltratadores, os pedofilos, os arrogantes, detesto o cheiro a suor, falta de sentido de humor, a hipocrisia, os amigos de peniche, detesto os chicos espertos, os curandeiros, comida mal feita, patroes cada vez mais gordos, hipocrisia de todas as religioes, detesto as guerras santas, matar em nome de deus, matar so por matar, matar, a ideia da morte, o calor, as filas de transito, o cheiro do tabaco (mesmo sendo fumador) as empresas do estado, a burocracia, o poder instalado, o porque sim, os novos ricos, as (tias) as bobones, o fcp, os anti tudo, os velhos do restelo, os domingos a tarde,as casas de banho publicas, anuncios de bancos, detesto os fascistas e os nazis, os nacionalistas, os cabeças rapadas, os gangues violentos, a estupidez e a pobreza de espirito, detesto o cheiro a vinho, detesto reunioes de condominio, o proibir por proibir, a violencia sobre as mulheres e crianças, as touradas, a caça aos pombos, os incendiarios, os chatos, os miudinhos, os complicadinhos, as filas para lavar o carro ao sabado e que o meu benfica perca...cont.

Novos temas

A partir de hoje vou deixar o tema da pesca a descansar e vou tentar falar de tudo o que me chateia.Espero que gostem e que possam seguir as proximas entradas

O MEU AMIGO TOME

O meu amigo Tome (orelhas) nas suas costas era um tipo raro.Adorava palavras caras, mesmo sem saber muito bem o seu significado.Gostava de vestir fato e gravata, mas tinha um gosto no minimo duvidoso.Era capaz de vestir um casaco castanho com riscas, uma camisa vermelha e uma gravata amarela com bonequinhos, mas isso agora nao vem ao caso.Importa que tambem era pescador, ou seja gostava de sair de casa e a pesca era uma boa desculpa.Portanto uma noite resolvemos ir pescar para a Comporta na busca de robalos que se dizia andarem por ali.
Mala feita, isco comprado e a caminho da comporta.Chegamos ao fim da tarde.O mar estava mauzinho, talvez com ondas de 2,5 metros, o vento nao era forte mas chateava o bastante para começarmos desde logo a praguejar.Lançamos apenas uma cana cada um e fomos preparar o lampeao de gaz.Logo ai o amigo Tome fez porcaria e ficamos sem luz para a noite sem ser as das lanternas de cabeça.E que ao por a garrafa, nao sei como mas fez com que o gaz saisse e o lampeao ficou sem utilidade.Caiu a noite e o vento ficou mais forte.O Tome tambem ficou mais forte, quer dizer mais fraco, pois o medo do escuro começou a fazer efeito.E Vitor nao se ve nada, e se o bar fechar ficamos aqui as escuras.O pa entao tu estragas o candeeiro..agora so com as lanternas..Eu sei eu sei, mas isto assim mete um medo do caraças.Para piorar a situaçao o restaurante fechou cerca das 10 horas e ja nao consegui segurar o Tome.Escuta escuta dizia ele..e pa e o mar ahahah, so que de tanto medo que ele tinha que começou a sobrar algum para mim.As tantas ja nao sabia se era ele ou eu o mais medroso.Para cumulo apareceu um enorme cao, eu so me apercebi quando acendi a lanterna e ali estava ele, super tranquilo a olhar para mim..foi a gota de agua..Tome deixa ai as canas e vamos para o carro.De madrugada vimos recolher e pronto.Dito e feito.Lanterna na mao e direitinhos ao carro.Portas trancadas e nao demorou muito para adomecer..ele e eu.Pela manha o Tome acordou e resolvemos ir recolher as canas e ir para casa.A noite tinha sido perdida.Eu estava capaz de lhe bater quando chego a cana e vejo o fio em arco, praticamente fora de agua.Puxo puxo e  tcharan..um belo robalo morto no meu anzol.O bicho deve ter-se debatido toda a noita e acabou por morrer quem sabe na arrebentaçao.Foi um final de pesca engraçado, pois na cana do Tome nada, isto e tudo pois ate a minhoca estava intacta.Foi uma noite no minimo estupida, mas o robalo fez-me mudar de humor e ter um regresso a casa bem mais contente que o Tome....cont.

BRINCANDO AS RIMAS

ha peixe no treme treme
safias,sargos,douradas
salemas,pargos,robalos
ha tambem muitos papalvos
que nao conseguem pesca-los

vao ao mar cheios de tralha
mochila, cestos, carretos
minhocas e camarao
sacam burros e peixe aranha
somente sargotes nao

mas da gosto ve-los tentar
a lançar o isco longe
terem a cana sempre a mao
sai mais quatro peixe aranha
dois burros e uma safia
e porra..so os  sargos e que nao¡¡¡¡

Em memoria do meu amigo Manuel Hilario que faleceu  apos ter caido na falesia onde tantas noites passamos em alegre convivio.cont..

UMA GRANDE PESCARIA

Toca a todos, e um dia eu estava de (amores) feridos com a maioria dos companheiros, um daqueles amuos que so se tem com os amigos e resolvi ir para a amoreira sem companhia, mas sabendo que eles la estariam tambem.Cheguei por volta das sete da manha e claro nao falei, nao disse nada a ninguem.A parte melhor estava ja ocupada por Telmo, Ze Engino, Joao Bule e Verinhas filho.Decidi ir para um carreiro de rochas, que por vezes ate nem era mau.E assim fiz.O tempo foi passando lento lento, por um canto do olho ia vendo a animada pescaria que todos estavam a fazer, mas nao mostrava parte de fraco.Quase 3 horas passadas e nada de nada.A mare entretanto estava quase a virar e eu levantei o material e desloquei-me para mais perto do grupo, tentando nao dar a perceber que onde estava nao valia mais a pena.Havia um espaço entre o Ze  e o Joao, dava perfeitamente para pescar e tentar aproveitar a enchente.Assentei ali o material e lanço a cana a meia distancia, sempre na esperança de um robalo.Nada, enquanto Telmo sacava uma boa dourada, fazendo logo grande alarido para me (picar).Deixei que ele lançasse de novo so para ver se estava a pescar longe ou perto.Fez um bom lançamento, sinal que o peixe estava mais para fora, e eu nao exitei em imitar.Uma dourada, boa malha pensei eu, enquanto o Joao nao escondeu um sorriso.Novo lançamento e nova dourada, a coisa parecia prometer, enquanto eles ja começavam a mostrar uma pontinha de inveja tao tipica de nos pescadores.Outra e outra e mais uma.Eu estava a ficar nas nuvens e parece que e sempre assim, os restantes companheiros estavam a ficar na penuria, isto e parecia que o peixe so me escolhia a mim, mas logo o Ze apanha um belo robalote.Estava um dia de pesca extraordinario, o Joao que era sempre o menos sortudo apanhou um sargo e logo uma baila (especie de robalinho).O dia ia passando e pelas 4 da tarde eu fiquei sem isco.Sempre sem dizer nada, espalhei o peixe na areia molhada.Tinha 14 Douradas.Lavei o peixe coloquei na malha, arrumei o material e disse..pessoal, va, vou deixa-los apanhar qualquer coisa de jeito, o mestre vai para casa..claro que a risota foi geral, apenas o Telmo respondeu..mamao..cont.

TELMO

Hoje lembrei-me de uma historia passada com o nosso amigo Telmo.Sabado praia das furnas.Esta praia apenas (deixava)pescar na mare baixa e eu e o puto Rui resolvemos ir os dois nessa manha.Tinhamos pensado ficar nas rochas enquanto a mare estivesse baixa e depois logo pensariamos o que fazer quando da alta.E assim foi.Os sargos nesse dia estavam apenas a picar na ameijoa.Ja tinhamos tentado com coreana, camarao e por acaso acertamos com a ameijoa branca.Fomos apanhando um logo outro e por volta das 10 da manha ja tinhamos uma razoavel pescaria e ainda nos sobrava bastante ameijoa, pelo que a nossa disposiçao estava em alta.Passado pouco tempo eis que aparece o Telmo, sempre pensei que ele tinha um dispositivo qualquer que o fazia descobrir onde e que estavamos a apanhar peixe.Entao pessoal aqui? sim estamos aqui a passar um bocado..e peixe? uns sargotes...nao foi preciso muito para ele mesmo comprovar pois o Rui acabava de apanhar outro.Estao com que? ameijoa respondi eu..eu vou tentar com coreana..e assim o fez..uma e outra lançada e nada, apenas mordiscavam a minhoca..posso roubar uma ameijoa? contra vontade dei o ok...Telmo lança e um sargote--vou roubar outra disse ele, nem dando tempo para ouvir a resposta..outro sargo..curioso que eu e o Rui ja nao apanhavamos ha alguns minutos e logo começamos a nao achar graça.Telmo guarda o sargo e ja nao pede, apanha mais uma ameijoaa ao que eu lhe digo..entao pa? Telmo ficou um pouco envergonhado mas responde..e so mais meia duzia de ameijoas..desculpa la Telmo mas nao tiras mais..vai comprar..o pa toma la camarao disse ele..nao..isso temos nos, so que estao apenas a comer ameijoa, nao podes vir tirar as nossas ameijoas pescar e nos a ver-te.Telmo levantou-se num repente..saiu da rocha e no pequeno areal coloca uma coreana..lança e zas..um robalo enorme.Devo ter mudado de cor 3 vezes no minimo..Telmo ria e levantava o robalo...e lindo?  muito mais lindo que tu, respondeu o Rui..Telmo seguiu para outro lugar, e eu e o Rui nao apanhamos nem mais um peixinho nessa manha.Telmo ganhou um novo nome nesse dia, mas isso ja nao posso escrever...cont.

BANQUETE DE BOGAS

Mais uma pequena historia, passada com o Joao Bule.Desta feita na praia do malhao.Nao me apetecia ir nesse sabado, pois sabia que o mar nao estava bom para nada, mas por tanta insistencia acabei por ir com ele.Chegados ao Malhao resolvemos ir para a zona de rocha, pois ai as possibilidades seriam sempre maiores, tal o mar que estava, paradinho, clarinho, mais parecia uma piscina.Nas rochas sempre mexe um pouco mais e com a vazante poderia ser.Encontramos um bom sitio e logo vi o que parecia serem robalos a caçar, mesmo na arrebentaçao como e seu habito.Lançamentos distantes e toca a começar a perder material.A agua levava tudo para as rochas e foram assim desperdiçadas dezenas de chumbadinhas e anzois, ja para nao falar do isco.Mudei para boia de agua pois assim poderia continuar a lançar longe e poderia ter mais sorte.Joao apanhai um, gritei eu euforico, afinal ja estava a valer a pena ter vindo pensei, mas logo me arrependi de ter pensado, porque afinal eram tainhas, e eu tinha apanhado uma.Ofereci com grande cerimonia a tainha ao Bule que aceitava tudo, e mudamos de lugar.Descemos um pouco mais e como a mare estava ja bastante baixa poderia ser que daquele sitio a coisa desse.Canas na agua de novo e uma boga.Bogas estao ao nivel da tainha, pior um pouco, mas ja nao havia nada a fazer, dali o Joao ja nao saia.Olha sabes onde vou por o peixe? perguntou o Joao..ali naquela poça, a agua fica ali com a mare baixa e o peixe fica fresquinho.E assim foi, peixe na rocha onde a agua ficava retida com a baixa mare.Bogas e mais bogas, e a poça com as bogas as voltinhas.Toma Joao outra e o Joao pergunta..e pa...o peixe? qual peixe? as bogas e a tainha? entao nao estao ai na poça? nao aqui nao esta nada.Mais acima um pequeno bando de gaivotas pareciam rir..bom eu vias rir, pois tinham tido nesse dia um empregado de mesa com um menu de peixe do dia..cont